Pois bem, não sei se a palavra está correta ou não, mas se pensar no modo como me sinto esta palavra existe e faz todo o sentido, pois neste momento ando em modo bronquiolitico por causa da minha pequena que já vai no 2ª episódio da 1ª temporada das bronquiolites.
Digamos que em menos de um mês já foi duas vezes à urgência devido a esta malvada infecção. E medicação??? Já tomou mais neste curto período do que em 11 meses de vida.
E nem imaginam como reage aos medicamentos... quando ela vê a colher fecha a boca com tanta mas tanta força que é preciso chamar o pai para ajudar. Quando chega a vez do aerossol chora tanto mas tanto que não sei se aquilo lhe faz melhor ou pior.
Para ajudar à festa estão dois dentes a nascer. Coitada, quem conhece a C., nem a reconhece, pois a rapariga anda tão rabugenta, tão chorosa e sem apetite que parece outra pessoa.
Claro que isto tudo me contagia negativamente pois sinto-me tão mas tão cansada que às vezes nem sei bem a quantas ando...
Segundo a pediatra esta doença é muito comum até aos dois anos, mas o pior é que algumas crianças têm vários episódios levando à necessidade de tomarem medicação preventiva. Enfim vamos ver onde isto vai levar... por enquanto está em casa.
Posto isto, e depois deste desabafo, deixo aqui a pergunta no ar... quem já passou por isto e como lidavam com a situação??? Conhecem alguma prevenção mais natural??? Aceitam-se sugestões!!!
A C. já está super integrada na escolinha, hoje quando entrei e uma das auxiliares a chamou para o colo, ela abriu os braços, olhou para mim e lançou-me um sorriso como quem diz "vai mamã que eu fico bem"!
Confesso que hoje fiquei super descansada, pois aquele choro dos primeiros dias já não existiu, e porque pela primeira vez não a entreguei e sai pé ente pé ou a correr, como se fosse "a fugir à policia".
Na véspera do seu primeiro dia veio-me à memória a entrada e a integração do R. essa sim muito difícil e que durou muito mas muito tempo... todos os dias durante o primeiro ano ficou a chorar e eu saía a chorar, chorava para dentro para não mostrar a ninguém as minhas fraquezas... ninguém imagina o que chorei.
No 2º ano o choro começava em casa e o meu desespero também, mas mais uma vez a minha tristeza de o ter que levar era disfarçada com um sorriso na cara e "segue em frente que atrás vem gente". No 3º ano, as coisas melhoraram, pois apesar de não ir com cara de muitos amigos o R. já não dava grande "espectáculo".
Disseram-me que os rapazes são muito mais difíceis, porque são mais agarrados à mãe, mas na véspera do primeiro dia da C., nem essa ideia me animava e o meu coração já andava aos saltos, e sentia aquele aperto só de imaginar como iria ser com ela.
Mas com ela foi diferente, e não é por não ser "tão agarrada à mãe" é porque cada ser humano tem as suas características, os seus feitios e reage de maneira diferente as situações com que se depara. Pois quando a mãe chega ela é tão agarrada à mãe como o irmão.
E por ai? Ainda se lembram do primeiro dia dos vossos filhotes?
Com a entrada da C. na escolinha e a sua integração feita não se justificava continuar em casa, então voltei ao trabalho, mas com o regresso ao trabalho impunha-se o fim e o cancelamento da licença parental.
Ontem, depois de algumas tentativas para cancelar o tempo que ainda tinha de licença, lá consegui tratar de tudo no instituto da segurança social, confesso que nunca me tinha passado pela cabeça ser tão difícil conseguir uma senha. Mas depois de algumas idas em vão lá consegui... acreditam que às 09h30 já não havia senhas (e aquilo abre às 09h00).
Enfim, esquecendo as dificuldades de aceder aos nossos serviços, o cancelamento foi super rápido e a senhora super simpática, mas quando sai de lá ficou a nostalgia de agora ter menos tempo para estar em casa.
Fazendo uma pequena reflexão de tudo o que esperei fazer durante este período, e do que realmente fiz, posso concluir que vida de mãe não é fácil e as "obrigações" do dia à dia, muitas vezes levam a melhor e retiram-nos mais de metade do tempo que queriamos dedicar a eles.
Se a expectativa era mais ou menos isto...
A realidade foi mais ou menos esta...
Imaginem agora para onde me apetecia mandar os colegas de trabalho que me perguntavam como tinham sido as minhas férias... das duas uma, ou nunca tiveram filhos, ou já foi há tanto tanto tempo que já se esqueceram da trabalheira que é.
É verdade estou a voltar à normalidade... já tenho os dois catraios na escolinha, já voltei ao trabalho e agora é também hora de voltar ao blog... não sei se a 100% mas pelo menos vontade disso não falta.
Andei ausente porque a C. só tinha vaga na creche em Setembro e como tal tive que aproveitar o tempo que tinha para estar com ela. Mas agora é hora de me colocar a par das novidades que aconteceram por aqui e também de animar aqui o blog que tem ando paradito.
E digam lá se não está um lindo dia para voltar?! Eu acho que sim!!!
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