Hoje faz anos uma das pessoas mais importantes da minha vida, a minha querida avó, é daquelas pessoas por quem os anos passam mas parece que não passam! Tem aquela sensibilidade em relação a tudo, algo que muitos de nós nunca teremos. Tem aquele saber, aquela sabedoria, mesmo nunca tendo estudado, mas que a vida lhe deu. Tem sempre aquela alegria no rosto e na voz, mesmo que às vezes o coração não a tenha. Dá aquele conselho ou aquela palavra no momento certo e que encaixa sempre.
Hoje devido à distância não vamos estar com ela, mas já falta pouco para estarmos juntos, como ela diz, quando falamos ao telefone, estamos longe da vista mas bem pertinho do coração. E está quase, quase a estarmos bem pertinho fisicamente, já tenho a bagagem preparada e é só mais um dia, lá vamos nós ter com ela.
Neste dia só peço para ela saúde, e estar mais uns bons anos conosco.
Esta é uma das perguntas mais frequentes que tenho ouvido desde que a C. nasceu, aliás se houvesse um manual para pais de segunda viagem e esse manual tivesse uma parte de perguntas frequentes, essa seria uma das questões a constar com toda a certeza.
E essa questão até é bastante pertinente, pois a chegada de um novo membro traz sempre mudanças nas rotinas familiares e na vida dos seus intervenientes, só é pena é que eu sinto que quem coloca esta pergunta parece estar sempre à espera de ouvir horrores sobre o relacionamento entre os irmãos. E aviso logo que quem está a espera de ouvir horrores fez a pergunta errada à pessoa errada.
Ora isso é tudo muito bonito mas afinal como é o R. com a irmã??? O R. adora a irmã, aliás o R. gosta dela como qualquer irmão mais velho com 4 anos gostaria de um irmão/irmã acabado de nascer. Ele preocupa-se com ela quando ela chora, gosta de ajudar a mãe a mudar a fralda, dar banho, gosta de lhe dar festinhas, de lhe pegar ao colo, de dançar e cantar a frente dela arrancando-lhe um sorriso e uma pequena gargalhada.
Claro que a resposta de quem pergunta é sempre de espanto: "A sério??? Ele não tem ciúmes" e como não acreditam em mim há que tentar certificar com o próprio, "ó R. não tens ciúmes da mana???" e lá tenho eu que intervir explicando que o R. não tem ciúmes, nem tão pouco sabe o que isso é, porque não tem motivo para isso e porque já tem idade para perceber que uma irmã é o melhor "presente" que podia ter e porque o amor que a mãe e o pai lhe davam e dão não foi dividido com a irmã quando ela nasceu mas sim multiplicado pelos dois.
Acredito que daqui uns anos possa haver algumas confusões entre irmãos, o que é normal pois cada um será um ser independente, com os seus gostos e feitios mas também sei que no que depender de mim tudo farei para que tanto o R. como a C. entendam o quanto é bom terem-se um ao outro.
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