Nos últimos tempos ouvimos falar das profissões do futuro, aliás diz-se que a maioria das nossas crianças quando chegarem à idade adulta terão profissões que no dia de hoje ainda não existem.
Sinceramente, com o desenvolvimento da inteligência artificial acredito que estas mudanças vão ocorrer mais depressa do que alguma vez pensámos, e que muitas profissões podem mesmo desaparecer (nada de novo, é a evolução).
À uns dias em conversa com uma professora, ela dizia que os miúdos chegam ao secundário ainda com uma visão muito reduzida de todas as possibilidades que têm pela frente, e desconhecem que há muito mais do que o óbvio. E que muitos acabam o secundário sem um plano para o seu futuro, sem saberem o que querem fazer.
Os meus miúdos ainda estão longe destas decisões importantes, mas já falam sobre o que querem ser quando forem grandes.
O R. quer ser jogador de futebol, e como plano B, cientista, sim porque é sempre bom ter um plano B.
Já a C. diz que quer fazer o bem aos outros, então decidiu que quer ser médica. Mas como plano B, também pode ser veterinária, cabeleireira, professora, quer é fazer o bem, não importa a quem!!
Eu diria que o importante é ir planeando, com a clareza possível, claro!!
Não há muito tempo, estava eu com a mãe de um amiguinho do R. e no decorrer da conversa, acabamos por falar do nosso desempenho profissional agora que somos mães!
Muita directa, ela pergunta-me se não sinto que sou pior profissional depois do R. nascer? Olho para ela e, quase sem pensar, digo-lhe que não!!! Ela olha para mim e reformula a pergunta, só ai percebo o que ela queria dizer.
Com o nascimento de um filho, temos outras responsabilidades, outras preocupações, outras prioridades e o que ela estava a perguntar ia de encontro com isso, o que ela me questionava era se eu não sentia que o trabalho tinha deixado de estar em primeiro plano.
Dei por mim a pensar e tive que concordar com ela… realmente tenho uma nova prioridade na minha vida, pois organizo a minha agenda de acordo com a agenda do R., já não chego todos os dias uma hora antes ao escritório e já não saiu uma hora depois, também já não levo tanto trabalho para casa.
Foram estes pequenos aspectos que me deixaram a pensar se estaria a ser menos profissional… cheguei a conclusão que não, não sou menos ou pior profissional (pois não descuro do meu trabalho, não falho com os compromissos, nem com as minhas obrigações)... talvez até me tenha transformado numa melhor profissional, mais organizada, mais atenta, só que com outras prioridades.
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